terça-feira, 23 de abril de 2013

Por hoje: chega (?)

Ei, pequeno, olhe pra mim e ouça bem: Eu sei que anda sendo difícil. Mas não desiste não. E, com o perdão da palavra: Pare de se lamentar. Sei que você essa hora está pensando o quanto é fácil pra mim lhe dizer uma dúzia de palavras de conforto. Fácil pra você me agredir dizendo que essa dor é só sua e ninguém dá jeito, ninguém entende, ninguém sente. Não vou te julgar pelo melodrama, é normal, eu te entendo, acredite. Pode esperniar, pode gritar, pode colocar a culpa dessa dor em qualquer um, afinal, muito fácil arranjar um réu para nos tirar a resposabilidade dos nossos erros. Fácil demais se afogar em sofrimento e provar pra sociedade que és o último romântico da terra.
Quando se é contrariado, quando as coisas saem do nosso controle é isso que fazemos, eu, você, todo mundo... É muito mais fácil cumprir com o papel de vítima. Sempre teremos uma justificativa a altura para prolongarmos e afundar na infelicidade. Aceitar que não se tem mais o tudo em mãos é muito doloroso. Assumir isso então, ô, nem se fala. E então manipulamos tudo e todos, os abrigando a entrar no mesmo ritmo.
A certeza de que tudo nessa vida é êfemero me traz paz e calma o suficiente para nunca mais dançar esse ritmo. Estive afogado em problemas até me cansar demais e me lembrar o quanto estava sendo leviano ao verbalizar meus sentimentos super bem resolvidos de alto escalão sobre tudo.
Quando finalmente tive coragem de colocar ação nas minhas palavras pude perceber o quanto se faz presente e necessária a crença diária de que as coisas sempre estão certas e o quanto fazemos pouco caso dos detalhes. E, sinceramente, nunca vi lamentações resolverem problemas... Com todo o perdão da palavra: Pare de se lamentar. Que eu pare de me lamentar.

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