quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Felicidade x Alegria.

Muitas vezes pensamos que basta ter dinheiro, beleza e fama para obtermos a felicidade, essa é uma ideia totalmente errada e que muitas vezes passa despercebida. Não quero ser hipócrita e dizer que nada citado acima trás alegria para uma pessoa, mas isso não é tudo. Alegria e felicidade são diferentes apesar de muitas pessoas a interligarem.
Digo que alegria é um sentimento momentâneo, que passa e acaba. É bom estar alegre, mas não dura a vida toda. Já a felicidade, a meu ver, é um estado de espírito, é plenitude, e dura a vida toda. Ou você é ou não é feliz, ao contrário da alegria, felicidade é um eterno sentimento, enquanto a alegria se dá por momentos felizes, pela satisfação momentânea. É a diferença entre o ser feliz e o estar feliz.
A maioria das pessoas vive uma eterna busca pela felicidade plena e procuram encontrar a total “satisfação” em bens materiais, e às vezes não percebem que para ser feliz é necessário primeiro estar bem consigo mesmo.
Creio profundamente que a felicidade é o equilíbrio, sem excessos, um “meio-termo” como já dizia Aristóteles. Bom humor zero é um total desperdício de vida: acredito que; junto com o dinheiro, sexo e amor, é a alegria que move o mundo para o lado positivo.
Felicidade gera felicidade, é contagiante e não faz mal a ninguém. Sorriso gera sorriso, basta ver alguém feliz que seu cérebro imediatamente se encarrega de estampar um belo sorriso em seu rosto.
Todas as pessoas buscam uma fórmula para construírem sua felicidade, a realização plena, o bem estar físico e mental. Só que nem todas alcançam por acreditarem, em seu íntimo, existir uma fórmula mágica, que fará as coisas acontecerem simplesmente, sem razão lógica. Ao invés de buscarem, esperam. Pois bem, a mais eficiente “fórmula da felicidade” não chegará a você através dos outros, jamais te será dada pronta, no máximo o caminho para encontra-la.
Ser feliz é o resultado lógico das ações. Felicidade constrói-se dia-a-dia, e requer manutenção. A verdadeira formula está dentro de cada um, e não por aí. Ser feliz é extremamente simples, basta lutar por isso.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Carta de desistência.

- Oi, amor? Bom, ainda posso te chamar assim né?! Até porque acho que não conseguiria mudar isso a essa altura do campeonato. Já anda tão difícil pra mim tentar me convencer que não, que você não é o meu amor, mas existem coisas que nunca serão como a gente quer, e você é uma delas...
Não se assuste.. Me deixe explicar melhor.
A verdade é que tenho que começar lhe pedindo perdão, apesar de o único mal que eu tenha feito nessa vida foi de te amar demais. Que trágico isso, não?! Mas o amor também fere, meu amor, se não é bem alimentando ele vira um bicho faminto e destrói tudo o que vê pela frente. E me feriu... estou aqui justamente porque não quero que o mesmo lhe aconteça.
Não tem como negar que balançou, mexeu, mas de repente me vi obrigado a ir embora e por isso resolvi trazer isso à tona. Talvez seja bom, talvez eu sinta saudades e largue tudo para ir atrás de você -mais uma vez- ou talvez eu só descubra mesmo que era tudo mentira aquilo que você me dizia sobre desistir de certas coisas. Talvez a desistência nem seja algo tão ruim assim, ainda mais se tratando de nós.
É isso, desistir, largar o barco, remar contra a corrente, e todas essas figuras de linguagem que a gente usa quando não se tem mais o que dizer para ir embora, afinal, quem é que gosta de despedidas? Juro, não estaria aqui se não fosse extremamente preciso. Você me pergunta pra quê toda essa franqueza agora, e eu te digo, é que chega uma hora que não tem como remedir mais a situação, é bem provável que eu sinta a sua falta alguns longos dois, três dias, umas duas ou três semanas, mas logo passa e não fique mal por isso, eu realmente só vou precisa desse tempo pra esconder melhor todas as cicatrizes que a gente vai deixar em mim.
Amor, pode acontecer em algum dia frio que eu venha a lhe procurar, se isso acontecer somente ignore. A gente não deu sorte, e acho que o amor é uma mistura que tenha isso, apesar de ser cruel, sim, precisa de sorte com uma pitada de disponibilidade e a pessoa ideal. Então hoje lhe digo, vamos deixar as coisas mais claras e ficarmos bem assim, não sei se ir embora foi a minha melhor opção, mas me vi sendo obrigado a ir e a fiz, não me odeie por isso, estar indo embora é o meu maior ato de coragem.
O adeus vai nos servir pra reconhecermos, daqui a algum tempo quem sabe, o quanto fomos e somos importantes. O adeus vai falar muito por nós. E não pense que esse é um daqueles estados depressivos que se agrava com o tempo - e talvez essa seja a explicação para a falta de lágrimas- a verdade é que aqui agora só existe conformismo. Constatação do que foi e não é mais. Do que foi e poderia não ter sido, do que foi e nunca mais será. Constatação pesada, eu diria. Verdade escancarada.
Amor, me perdoe mais uma vez se fui muito bagunçado nas minhas ideias, mas é assim que você me deixa. Lhe deixo essa carta pra tentar esclarecer pra você - e pra mim- que é isso que somos, uma eterna bagunça que vai se revolver um dia, é só o tempo nos achar. Enquanto isso a gente fica assim, você dai e eu aqui, imaginando o que poderia ser e não foi, convivendo com o que é de fato, acreditando que talvez não era pra ser, ou era, e a gente que não viu!


segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Ne medida certa, por favor!

Mexeu sim, não tem como esconder e muito menos negar. Qualquer palavra se embaralharia ao tentar dissertar sobre falsas verdades. Hoje eis que voltei a ser ou me tornei o ser. Depois de tantos tropeços e falhas: somente acertos. E nem me culpo por me enxergar assim. Enquanto der certo todas as mentiras escondidas, daremos certo. Foi em verdades assim que sempre apostei acreditar... Éramos novos demais para tanta vontade acumulada, eu teimava em dizer. Você sempre me contrapondo que jamais teríamos um tempo certo, éramos o tempo e isso bastava. Eu acreditei.
Hoje um pouco mais calma peço perdão ao meu orgulho pra dizer só mais um pouquinho que você faz uma falta danada! Não estou pedindo a sua companhia... ainda! Mas se quiser ficar um pouco mais e tomar um café amargo ou um drink bem gelado terá toda a minha atenção. Se não for nesse gole no outro passa, ou se preferir passamos a noite inteira discutindo o quanto somos ótimos em nos amar tanto e conseguir terminar a noite tranquilamente em outros braços. Nosso amor é regrado, e eu sempre odiei isso em você.
Amor e gelo na medida certa, por favor.. Se não estraga, se não derrete! E eu ando me derretendo demais, junto com uma agunia que desce lentamente embaralhando o estômago. Que confusão! Se melhorar, entrega. Se entregar, estraga. Se estragar, a culpa é toda minha. Somos um embaralhado de ideias que se contrapõe e se juntam sem saber. Você podia se abrir pra mim.. Tome mais um gole. Agora um sim ou não resolveria tudo, mas essa sua mania de ser um mistério ambulante me tira do sério, me vira a cabeça e me deixa mais ainda perdidamente caída na tua. Acho que sempre gostei de desafios, e você anda sendo o maior deles. No fundo sei que gosta é disso: me enlouquecer.
Mas não me engane mais, nem me enlouqueça mais, ou resolva os meus problemas ou se arrume de uma vez, e me arrume de uma vez!

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Coisa de louco.

"Faz muito tempo que eu não escrevo nada, acho que foi porque a TV ficou ligada, me esqueci que devo achar outra saída e usar palavras pra mudar a minha vida..." E a tua também. 
Entre me calar ou dormir às oito, resolvi gritar aos sete ventos sobre o lápis e papel. Porque não há dor que dure, nem aperto que sufoque por muito tempo quando a gente se impõe. Se expõe. Entre ser a dona da verdade e me calar ao mundo, prefiro mergulhar a fundo e fazer de personagem o próprio ser. Inventar histórias, mudar a rota e decidir o final. Chega de terapias, chocolates, remédios e dramas mexicanos. Me empresta tua caneta e algum sentimento barato, deixa eu fazer teatro a tua dor fingida e escrever pseudo-poesia de louco que diz que sofreu algum dia.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

No próximo carnaval.

Hoje eu vou pegar a dor e colocar num potinho,
mexer com muito carinho que é pra não doer tanto assim.
Levantar cedo, mexer o cabelo e gritar por mundo inteiro:
"Tá errado o silêncio gritando por nós."
Mas como qualquer brasileiro, cansado e trabalhador,
Vou fazer as compras do mês, deitar às seis
E esperar o próximo carnaval..

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Romantismo barato.

O telefone não vai tocar e a acusação é uma só: não sei ser romântica com você. Na verdade nunca soube, e o problema não é VOCÊ. Nunca soube com ninguém. Talvez nem comigo mesma, por mais cruel que isso possa soar. Me cobro muito, me exijo demais e o total romantismo acaba ficando para trás. Na verdade acho que romantismo é algo tão centrado e forçado em um propósito que me proíbo. Não faço a mínima ideia de como colocá-lo em prática sem assustar, sem espantar. Comigo é muito no oito ou oitenta... E ando preferindo o oito. Já exagerei tanto, já coloquei tanta intensidade onde não devia que o oitenta pode te assustar um pouco... E longe de mim te assustar.
Talvez eu seja só realmente muito caída na sua, digo, beeem caída na sua. Talvez a balança que pesa meus carinhos esteja há muito tempo empenada só para o seu lado. Eu não sei. Nem sabia que tinha uma balança, tô me descobrindo depois de você. Mas prefiro não remexer demais, nem me enxergar do alto, que é para não perceber a minha enorme queda em sua direção. Então não ligo, não me movimento, continuo fingindo de um lado que não tem muita importância, e você, do outro, faz o seu joguinho de sedução barato fingindo que engole a frieza das minhas palavras. Mas chega de figuras de linguagem, a verdade é simples e uma só. Eu, infelizmente, amo você.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Quebrar a cara é montar o cara.

Que felicidade se come em silêncio ninguém duvida. Agora, o que pergunto é, felicidade egoísta ou falta de coragem?! Depois de muito afundar em meio aos intermináveis contos românticos e tristes não faz mais sentido proferir uma vírgula sobre o quanto o amor é cruel, maligno e traiçoeiro. A felicidade chegou e sem bater na porta invadiu a casa, o quarto, a alma e fez moradia. Depois de formular intermináveis frases, acatar a fase do quarto escuro com músicas apaixonadas a playlist mudou, a luz entrou e a oração "Não vou mais me envolver" perdeu seu amplo sentido.
"Não vou mais me envolver, cansei de quebrar a cara" ao contrário do que muitos pensam, é a frase fundamental para o começo de um novo ciclo, e não o final dele. O ciclo em que você vai deixar a frase de lado e sim, quebrar a cara novamente. A vida é isso e os relacionamentos são reflexos. Isso só funciona mais ou menos como uma mentira que já prepara o seu coração para o provável: a decepção. Pode parecer um quanto pessimista demais da minha parte, mas  a verdade é que o "Quebrar a cara" só é visto como algo negativo, e é aí que se encontra todo o problema. Ele é experiência e que faz parte de uma vivência maior. "Quebrar a cara" ensina, educa, te faz ver o quanto é importante saber se erguer, seguir.
Você vai sempre se encantar de novo, e querer de novo, e tentar de novo e se perguntar "Será que dessa vez vai ser diferente?" por mais frio e calculista que você possa ter se tornando, porque a persistência faz parte da vida, é o que nos move para frente. Por mais "evitáveis" que tenhamos nos tornado nada nunca será capaz de destruir o nosso lado apaixonante e apaixonado que, uma hora ou outra, grita, esperneia dentro de cada um! E as defesas que criamos acaba caindo por terra ao nos deparar com tamanha instabilidade que pode ser o afeto. A verdade é que as definições românticas nos enganam e você só vai deixar de quebrar a cara quando realmente parar de montar O cara. Sem idealizações, sem frustrações.

sábado, 23 de junho de 2012

O adeus que faltava.

Nunca se despediram. O adeus nunca veio, nem o beijo final e ele temia nunca vir. Sejamos honestos, ela já sabia, não precisava de palavras para comprovar o fim de um elo que, a essa altura, já era uma dúvida se existiu de fato. Não havia mesmo o que se dizer. Ou havia? Aquele silêncio falava muito mais alto do que os dois naquele domingo acizentado e se algumas palavras tentassem sair aquela hora com certeza se entalariam na garganta criando o único nó que existiria entre eles.
Depois de algum tempo ela chegou à considerável conclusão de que, bem no fundo, era possível dizer algumas coisas, porque durante noites e noites vários foram os diálogos que sobrevoaram sua cabeça. Naquele momento era provável também que o afastamento total só acontecesse depois dos verbos trocados, o fim só seria real quando não restassem mais saudade, lembranças e nem busca por explicações, essas que a gente fica buscando para chegar a uma resposta para o fim. 
Descobriu, finalmente então que o adeus que faltava continuaria ausente enquanto ela fingia que estava bem, fingia que era feliz e fingia que não amava. O adeus só veio depois que ela assumiu ser ele por dentro e aceitou sua condição de amante solitária depois que descobriu que o coração elimina as más lembranças e aflora as boas deixando, finalmente assim, o elo entre eles se tornar laço, dando enfim o adeus que faltava.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

O menino da cara feia.

Esse ar de tristeza te define. Digo melhor, te define diante as pessoas que não te conhecem. Não é tristeza de fato, é uma máscara. Sempre suspeitei que você usasse máscaras, uma para cada dia, para conseguir ser quem você quisesse ser, na hora em que quisesse ser. Essa "cara feia" sempre foi sua porta de entrada, sem se preocupar em agradar ou não. E eu sempre te invejei isso, confesso. O teu jeito que não me permite saber o que esperar de ti, a tua eterna melancolia misturada na sua maneira desastrada de lhe dar com ela me provam cada dia um pouco que vemos o que queremos ver de cada pessoa, e de ti vejo o básico, o cru, o que me deixas ver.
Você tem o mundo nas mãos, mas anda perdido como se a luz estivesse apagada. E se a luz não acender, quem vai saber por onde caminhar? Como você vai caminhar?! Ninguém é tão bruto assim o tempo todo. Uma vez me disseram que era pura defesa sua, depois de tantas quedas as pessoas não te enganam mais, elas não conseguem mais se aproximarem. Elas sentem medo. E com a gente foi diferente. Não tive medo e você não teve receio. Te enxerguei e você deixou, e ficamos nessa de vai-não-volta, nessa certeza incerta de que alguma coisa faz nossa ligação, e na negação do sentimento que cresce.
Ontem confessei meu amor e você me provou o teu, mas só ele não é o bastante para nos unir. A gente não funciona em uma conta de adição. Precisamos de algo que ainda não temos e nem sei se teremos um dia. Preciso ser minha antes de ser tua e você precisa ser teu para assim ser meu, só meu. Mas eu sou do cara da última balada e você da menina da sua rua. Não nos parecemos em nada mas nos completamos em tudo. A verdade é que podemos ser qualquer coisa boa juntos, e deixarmos de ser apenas distância.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Comodismo.

Bianca não me amava e eu sabia disso. Sabia e escondi o tempo que pude, como pude. Porque mesmo assim, no dia em que ela resolveu ir embora fingi acreditar na única lágrima que escorreu em seu rosto. Ela fazia de conta que sofria, e eu que acreditava em seu sofrimento. Quando me virou as costas o gosto de sua última lágrima ficou empreguinado na minha garganta, não chorei. Talvez também não amasse e até hoje tenho minhas dúvidas. Não se a amava de verdade, mas se realmente sei o que é o amor. Sempre me envolvi em histórias de contos de fadas e adorava seus finais apesar de não acreditar em uma vírgula se quer deles. E por essas e outras, mesmo não sabendo o que é o amor, afirmo: Bianca não me amava.
O fato, irônico que seja é que, Bianca faz uma falta maior do que eu posso suportar. Não pelo amor que não existia, mas pelo comodismo que era nossa relação. Reafirmo que, por talvez realmente não saber o que é amor vejo essa falta como um alerta do meu egoísmo. Bianca era minha coragem, por isso o que me faz chorar as dores depois de ela já ter ido embora não é nossa relação física, porque isso não custa mais do que cem reais em qualquer calçada por aí, é a força e coragem que só ela me passava.
Frente a frente com a loucura e apatia o mundo não parece mais tão belo. Cultivo a rotina e uma monstruosa formalidade, mas essa falta... Ah! Essa falta não cultivo, seria muita coragem de minha parte, coragem que se foi com Bianca, ela que se cultiva em mim. As linhas dos livros de auto-ajuda que ganhei quando ainda acredita no amor de Bianca se misturam com o pessimismo de minhas palavras. Queria acreditar que a vida é perfeita, que decidimos nosso futuro sozinhos, que sou dono de mim mesmo e todos esses blá-blá-blás, mas não. O cara que escreveu isso deve hoje estar com a conta corrente recheada e deve ter alguem que o ame. Eu só acredito no que escrevo, quem sabe um dia também terei a conta racheada depois de publicar um livro de sucesso?! Enquanto esse dia não chega, escrevo tão somente para os dias passarem ouvindo a voz de Bianca ecoar no quarto "Coragem, coragem." E diante disso tudo finjo, como todos vocês que não entendo, que não sinto muito, que não ligo, que realmente não sei o que é o amor, porque o que é real, inúmeras vezes, nos faz mal.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Certeza nem tão certa.

As vezes acho ser uma pena ter que doar para receber, as vezes acho necessário. Sim, mudo de opinião como quem muda de roupa e não me envergonho disso, poucas são as coisas que estão convictas em minha mente e que sei que não vão mudar, poucas... Poucas são as certezas certas.
Defendo fielmente a ideia que precisamos saber criar espaços, abrir ciclos e ouvir novas ideias. Estar preparado para novos olhares  e experimentar novos sabores. Defender com unhas e dentes a causa do ex namorado babaca que merece uma segunda chance e no dia seguinte não querer ouvir o nome dele. E não, não é falta de personalidade, é certeza de que simplesmente as coisas mudam, se transformam e ninguém é obrigado a ter uma única opinião para o resto da vida sobre algo. É necessário mudar, se transformar, evoluir. 
Hoje a gente ignora a causa, amanhã está buscando-a para defender. Acredita-se na melhora, na mudança e na força maior capaz de realizar seu sonho de infância. A verdade é que, de uma maneira ou outra a gente sempre tenta disfarçar o estrago que nos faz as maldades do mundo com a certeza nem tão certa assim que, alguém dia, de algum modo a vida acabe nos compensando. 

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Um chega pra lá.

Eu acho que acreditava. Digo acho porque depois de tantas certezas fracassadas a única certeza que carrego comigo é que não tenho mais certeza de nada. Confuso, né? Pois é. Mas eu acreditava, era assim, eu acreditava no amor eterno, no romance, no até que a morte nos separe, amém! Eu juro que acreditava, até que!
Tem coisas que não voltam, por mais que a gente queira, nada nunca é igual. As palavras se modificam, o tempo muda, a cabeça enlouquece e muda seus pontos de vista, seu pensamento, suas ações. Simplesmente muda. Assim acontece com sentimentos, eles não voltam. Você se esforça, recorda, cai na lamentação, refresca o coração e nada! Diria que sentimentos são bem pontuais: eles vem, ficam por um tempo e decidem se vão ou não embora.
Alguma pessoas se perdem nessa espera. Enlouquecem, mudam de foco, e eu tenho visto coisas bem tristes por ai. Pessoas pequenas, vazias. Histórias que jamais caberiam em mundo encantado. E eu me perco entre elas. Queria poder ajudar mas nunca fui boa com conselhos. Não sei "falar" com a cabeça, com a parte racional que todos deviam ter. Sigo sempre o coração e esqueço da cabeça, do cérebro. Defendo sempre que as coisas não faria jamais sentido se não houver ao menos um pingo de sentimento. E derraaaamo eles em tudo. Ê falhas..! Confesso, sou desses tipinhos que vai no Poço dos desejos e joga a moedinha de costas, sou do tipo que amarra a pulseirinha do Senhor do Bonfim com três desejos e acredito, acredito fielmente naquilo. Leio meu horóscopo semanalmente. 
Eu disse que andava vendo coisas tristes, e é verdade. Mas, desculpa, não consigo acreditar. Eu vivo seguindo acreditando no contrário, vivendo o contrário, querendo o contrário, desculpa! Mas ando perdendo a fé no romantismo. Onde já se viu, meu Deus?! Desacreditar tanto assim no amor?! Juro que estou matando isso em mim bem devagar porque não sei como as pessoas não percebem como ele é essencial. Não sei como tentam controlar o incontrolável, amor vem do músculo, coração é músculo incontrolável. Amor não tá na cabeça. A cabeça que você controla, coração não!
Outro dia ouvi, na fila do supermercado, uma moça se lamentando porque ao perguntar pro namorado se ele a amava ele retrucou com aquela coisa horrível que a gente teima em não nos perguntar "você se ama?". ÔH CÉUS, todo mundo sabe que para amar alguém a gente tem de se amar primeiro. Lembro-me sempre da aeromoça dizendo: "Em caso de problemas, máscaras de oxigênio cairão automaticamente à sua frente. Coloque primeiro a sua e então auxilie quem estiver ao seu lado." É isso, para ajudar alguém tenho que estar bem, e para amar alguém tenho que me amar. Sem truques, sem complicações.
Quero menos chega pra lá no romantismo, e mais, muito mais, chega pra cá!

quarta-feira, 30 de maio de 2012

O meu século XXI.

Dia 30 de Maio:
Sou antagônica sim, venho descobrindo isso por diversos motivos. Me vi gostando tanto do sol, mas me irritei profundamente quando ele estava muito forte queimando a minha cabeça, nessa hora senti uma imensa saudade daquela blusa de frio que ganhei no inverno passado me deixando quentinha ouvindo a chuva cair do lado de fora. Tempos atrás sentia pavor só de pensar em festas e imaginar aquele monte de gente no estilo robô, vestido igual que dança igualzinho, falando as mesma coisas, pensando as mesmas besteirinhas, formando uma massa pastosa que escorre por entre toda a sociedade modificando e moldando o que vê pela frente, mas daí me peguei logo em seguida querendo esquecer todo o meu lado politicamente correto e pseudo culto só para me juntar áquele monte de gente igual para poder dançar igual, vestir igual e falar igual a elas. Meu sonho de mudar o mundo voltado para a educação, saúde e todas essas coisas que todos nós achamos que conhecemos assuídamente se vai por água abaixo quando eu assumo ser uma consumista com letras maiúsculas. Me alegro de poder ter o que eu quero depois de um mês de trabalho, e me faço um discurso em frente ao espelho me provando o quanto eu mereço tudo aquilo -mesmo sabendo que muitas vezes é desnecessário- conseguindo me driblar -algumas vezes- diminuindo minha culpa. Adoro ler. E isso me supre um pouco enchendo meu lado pseudo culto que eu tento passar. Só não deixo as pessoas descobrirem que me rendo a romances e que tenho paixões platônicas nesse meio. Ninguém me segura junto com Agatha Christie e suas coleções. Comecei a assumir que leio auto-ajuda não faz muito tempo, mas defendo largamente a ideia de que felicidade não se ensina, muito menos se vende em formulas mágicas. Mas as vezes me pego lendo meu horóscopo e tudo, mais uma vez, se vai água abaixo. Amo de paixão O Teatro Mágico, Nenhum de Nós, Nando Reis e viajo em cada significado que eles conseguem me passar mesmo que longes um do outro. Mas pego por diversas vezes querendo ouvir alguns batidões vazios e sem sentindo algum. De vez enquando é bom não pensar, não escutar, não admirar e só dançar. Me liberto inúmeras vezes. Sou gêmeos, troco de humores como quem troca de roupa. Mas não me vejo mal educada, meu humor não tem nada haver com as pessoas, tem haver comigo e ninguém vai levar soco meu por isso. Acho um absurdo as guerras atuais e as antigas, mas adoro ler sobre elas e me sentir no meio de cada uma. Sinto vontades absurdas de mudar do meu país quando estou em algum bar bebendo ou nas festas me divertido vendo hipocrisias, mas dentro do meu quarto ou no parque da esquina vejo o quanto sou apaixonada pela natureza daqui e por tudo - não que seja muito, nem muito pouco- que minha cidade de certa forma me proporciona. As vezes dói pensar em estar sozinha, mas outras vezes sinto pavor em ver conhecidos na rua e ter que parar. Daria tudo para estar do outro lado da rua ouvindo música de óculos escuros... Ah, essas manias... Por essas e outras, muitas outras, eu me acho bem antagônica e insuportavemente igualzinha a todas as outras pessoas que dançam igual, falam igual e se vestem igual nesse meu século XXI.

domingo, 20 de maio de 2012

O difícil é quando dá as 18 horas.

Quando o tempo vai escurecendo e o sol desaparecendo junto com milhares de pessoas para conversar é ai que dói mais. Quando não há mais nada a se fazer a não ser assumir a realidade e parar de se esconder em meio a falsas alegrias. É ai que dói. A hora em que você se deita e não existe outra alternativa a não ser repassar seu dia, seu mês, sua vida em mente, é aí que bate saudade. 
Saudade do que foi, saudade do que era pra ser e não foi, saudade do que você inventou. Só saudade, sem temperos muito amargos nem muito doces. Saudade branda, leve, saudade que emociona. Mas saudade que tem que ficar pra trás. Porque viver se remexendo é doloroso demais, cruel demais e você não pode se maltratar dessa forma. Com o tempo resolvi dar um tempo pro coração também. Ele andava tão cansado, surrado, amargo. Ser intensa demais também cansa, me entende? Dá uma dor da cabeça danada e tira algumas noite de sono. 
Foi aí que resolvi vestir minha melhor roupa, complementá-la com o meu melhor sorriso e distribuir gentilezas por aí porque o mundo já anda amargo demais, mal habitado demais e eu nunca quis fazer parte dessa sujeira toda. Resolvi limpar. Fiquei mais seletiva com as coisas e principalmente com as pessoas, hoje estão ao me lado aqueles que querem estar ao meu lado porque mendigar amor é muito cruel e meu coração andava reclamando por ser tão surrado ao entregar tantos sorrisos a gente falsa. 
É tempo de acolher gente de sorriso leve, puro
Voltei a fazer tudo aquilo que parei porque julgaram ser estúpido. Resolvi que quero ser estupidamente estúpida se é isso que me faz bem. Parei de querer agradar a todo mundo, faço agora o melhor que posso, do jeito que eu sei fazer. Tô na vida pra viver e agradecer. Parei de me lamentar um pouco e comecei a agradecer mais. Ainda bem que chega as 18 horas que agora eu deito e repenso o quanto ando bem, ando feliz as 24 horas do dia e vou dormir sorrindo. Sorri você também!

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Acorda, acorda, acordei.

Sempre me achei meio otária, e acho bem importante começar deixando isso extremamente claro desde o dia que eu descobri esse meu lado otária por natureza. E confesso, foi difícil. Demorou... A minha vida toda -até aqui- eu reclamei muito, berrei muito, e nada estava bom o suficiente. Odiava o sol por fazer calor, a chuva por me molhar e o inverno por morrer de frio. Vivia tendo aquelas "crises existências" -coisa de gente que não tem muito o que fazer- e defendia com unhas e dentes a fase do quarto escuro com músicas melancólicas. Furada! 
Não me permitia muito, me levei durante tempos com a barriga, fazia o que dava, como dava, quando dava. E se não dava: não deu, parte pra outra. Essa história de lutar pelos meus ideais nunca foi hino pra mim. (Que mancada). Não me levava tão a sério, há quem diga que não me amava de fato. E essa deve ser a mais dura verdade sobre essa fase otária. 
Um belo dia você se cansa. Assim, do nada, apenas se cansa. Começa a fase em que o que se foi vivido passa na tua cabeça como um filme rápido e tu vê os flash's das pessoas que entraram e saíram da tua vida, quantas você marcou e te deixaram marcas, lembra de como teu coração parecia um mercado central: com trocas, vendas, concertos, promoções, liquidação e renovação de estoque. Dai, depois do eterno clichê que é se arrepender de alguns detalhes você se lembra que de todas as pessoas que entraram e saíram da sua vida, a que você menos valorizou é aquela que sempre esteve por perto. A única que deu apoio, a mão, o braço e o coração, a que não desistiu por mais que você já tivesse desistido dela por diversas vezes. A única pessoa que não me abandona, sou eu mesma!
Costumo dizer que essa fase da minha vida a partir de agora foi a época que me descobri otária e tentei me mudar. Por não me abandonar nunca, passei a enxergar que as coisas só dariam certo quando eu começasse a me levar mais a sério e não só me empurrar com a barriga. Não dá pra brigar comigo mesma. Eu sou imbatível e nossa guerra seria eterna. Eu tinha mesmo era que me amar, me adorar, me achar linda, e querer casar comigo mesma todos os dias. A gente tem essa mania de criticar tudo que foge dos padrões sociais, e eu nunca tive porra de padrão nenhum, era o que queria ser, na hora que dava pra ser, quando dava pra ser. Mas acatava com todas as garras o ódio mortal pela bandinha que não tocava o que eu e a sociedade gostava. Mas quem disse que o que gosto é a única coisa gostosa de se gostar? Ah, essas manias capitalistas...
Acontece que chega um momento da vida que a gente tem que ser feliz e ser amado, e eu cheguei, por agora no meu carro o Tim Maia anda me ensinando muito "porque eu ME amo, eu ME adoro, MEU AMOOOOR!!" E me diz, minha gente, vocês estão aqui com quantas vidas? Não sabe? Pois é, nem eu. Então vamos aproveitar essa loucura que é viver e não ficar sentando ou empurrando a vida com a barriga aceitado passivamente tudo o que vier. Vamos ali, quebrar a cara e correr o risco de ser um pouco feliz, ou ser feliz pra sempre. Psiu, acorda. Acorda porque eu já acordei.


quinta-feira, 10 de maio de 2012

O homem dos meus sonhos.

O homem dos meus sonhos não existe.
Eu ainda me lembro bem quando confundi um qualquer uma vez achando que ele pudesse ser sim esse tal. Coitado, durante algum tempo coloquei o peso em suas costas de ser o homem dos meus sonhos. Ou o que me fizesse perder noites de sono. Que dó, que dó. Ele ingenuo que era aceitou essa condição mal sabendo o quanto difícil seria, ou é, ou será ser o homem dos meus sonhos. Hoje mais fria ou realista - como quiserem- eu cheguei a óbvia e aliviadora conclusão de que: O homem dos meus sonhos não existe!
Eu particularmente acho que se ele existisse já tinha aparecido pra mim. E se já chegou ao menos perto disso já havia demonstrado de uma maneira ou outra quem ele é de verdade. Se ele existisse eu não me importaria em estar de nariz em pé e bunda empinada as vinte e quatro horas do dia, porque ele me amaria com todos aqueles clichês de "amor de verdade supera todo e qualquer defeito". Ele viria com manual de instruções e saberia o meu de cor e salteado. Eu não me preocuparia com nada mais porque o homem dos meus sonhos é perfeito, sem tirar nem por.
Depois de muito me rebuliçar dentro dos meus próprios pensamentos e sempre sozinha por incapacidade ou só mesmo vergonha de expor todo o meu amor platônico por alguém que nem existe descobri que o "homem dos meus sonhos" nada mais é do que é uma simbólica e infundada fantasia feita por mim e pela sociedade que nos obrigada cruelmente a aceitar e acreditar no felizes para sempre e príncipe encantado. Quanta bobagem... Sem contar no par ideal. Ideal pra quem, minha gente? Vamos combinar, possuímos desejos e vontades diferentes uns dos outros e pode apostar, meu ideal não seria o seu ideal!
A verdade é que vou continuar empinando e levantando o nariz pra quem sabe assim o principe caia na minha (en)cantada e se torne o meu, só meu ideal, porque se depender dos meus sonhos eu vou terminar num sábado qualquer, vendo comédias românticas quaisquer, alimentando idealizações quaisquer. E já que o nosso ideal não aparece vamos continuar procurando o manual de instruções e levantando nariz, porque o homem dos meus sonhos não existe, graças a Deus!

terça-feira, 8 de maio de 2012

Recomeçar a voltar.

Uma vez ouvi dizer que toda volta é fracasso. Acho que se não a mais, foi uma das coisas mais absurdas que já pude ouvir. Sempre vi partidas como fracasso. Voltas não. Voltas são bonitas, voltas são alegres, voltas são tentativa de recomeço. E recomeços são bons. Recomeço te faz fazer as coisas diferentes -ou deveria-. Recomeço te faz enxergar o que antes você não via, recomeço te faz nova, te faz inteira de novo ou então cola suas partes antes despedaçadas e te incentiva a caminhar sem olhar pra trás. Eu gosto de recomeços.
Há que julga a volta ser covarde, e eu até entendo esse tipo de gente. Para muitas pessoas quando se volta para alguém ou para algo sua atitude, essa de voltar, é vista como fracasso. Como fraqueza. Fraqueza de não conseguir continuar, de não conseguir  prosseguir só, porque infelizmente ou felizmente as pessoas não conseguem viver só. E essa é a realidade humana.
Você bem que poderia voltar para muitos lugares, muitas pessoas, pra mim. Você poderia um monte de coisas, se deixasse de lado esse tua certeza infudada de que fracassaria se voltasse. Poderia deixar de lado esse orgulho bobo e assumir sua condição de "fraco" e vir "fracassar" comigo. Eu poderia te provar que não, voltas não são fracassos. Muito pelo contrário. Já te disse, voltas são recomeços, e a gente, em algum lugar desse mundo deve merecer um recomeço.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Me condeno: Culpada!

Centro e vinte e cinco dias, quatorze horas mais vinte e sete minutos. Agora me diga: o que você tem feito com a sua vida? Acho que ando precisando de informações desse tipo pra saber se realmente sei o que estou fazendo com a minha. Engraçado isso, mas as pessoas perdem o controle sob elas mesmas e lamentavelmente acho que isso aconteceu comigo. A rotina dos meus passos retratam cansaço e comodismo. Cadê a nossa música na rádio que dizia que "você tem meia hora para mudar a minha vida"? Vem... Vambora! Parando agora para observar vejo que até que conseguimos prolongar esse tempo, né? Com paciência e muita desaprovação, mas prolongamos, e é isso que importa.
Olha só como as coisas são, quando a gente vive alguma coisa com muita vontade as mentiras começam a se tornarem reais demais para serem vistas só como mentiras e eu particularmente acho isso bem cômico. E comodo também. Quer vida mais magnífica do que se afundar só nas suas "verdades"?! A vida fica tão mais simples, pode apostar. Experiência própria tudo aconteceu como eu sempre quis, planejei direitinho, vivi direitinho minhas pseudo-verdades e pronto! Me afundei nessas mentiras tão reais e esqueci a realidade do outro lado da porta.
Hoje eu preciso confessar algumas coisas, primeiro: te projetei um pouco. E pra conseguir confessar isso passei pela eterna dramatização e orgulho dizendo que a culpa foi minha. Porque sabe, né, fica tudo mais simples se você é o "vilão" da história, no meu caso, a vilã! Me senti bem mais poderosas quando esses dias chegaram, rolou uma espécie de poder sob mim, entende? Quero dizer, se a culpa foi minha, logo, não deu certo foi por minha causa! Mantive esse egocentrismo que me elevava por alguns dias e, agora me encontro em plena calmaria. Talvez esse meu egocentrismo tantas vezes tachado como cruel demais foi que me manteve em pé. Tá ai, cruel demais... Hoje você diz que eu sou cruel demais, fria demais, mas, acho que o cruel da história é você.  E as vezes que você bateu a porta sem me dar chances de te gritar? E as vezes que eu falava com a sua secretária eletrônica ao invés de você apertar o botãozinho verde do telefone? Mas o pior eram suas imitações de telefone com sinal baixo. Você sempre foi péssimo em imitações!
Segunda confissão: Eu idealizo tudo. Tudinho mesmo... Meu café da manhã com frutas, meu final de semana com um porre daqueles ou umas férias de verão incriveis. Com você não foi diferente, idealizei mesmo, forjei mesmo e me ferrei mesmo. Tudo bem, passa, eu sei que passa, tá passando agora e eu adoro isso! Você me diz que matei todos os teus planos, mas, cá pra nós, quem é que precisa de planos quando se sabe fingir tão bem que é feliz? Eu sei... Ninguém percebe minhas fraquezas, minhas carências, minhas manhas.   
E por fim, hoje eu consigo fazer a terceira confissão da minha vida, que, diga-se de passagem, acho que é a mais importate: Sou uma auto-ajuda ambulante, e ser assim me salvou. Sim, me salvou, me livrou, me mimou. Comecei a me querer mais, comecei a me amar mais, a me mimar mais. E pra mim agora é tudo mais. Você foi tão menos que foi esquecido, mas antes disso me fez ser esse mais, me fez essa auto-ajuda ambulante que tanto se ama e hoje se leva a sério. Nada de empurrar a vida com a barriga, meu bem! Sou feliz hoje e a culpa é minha.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Vamos ser algo.

Queria ver se nós dois pudéssemos ser algo. As coisas iriam ser, no mínimo, muito engraçadas. Diferentes. E completamente fora da nossa realidade. Porque você não poderia usar centenas de desculpas para a sua falta de jeito com a nossa relação. Porque nós dois seriamos algo e você só aceitaria isso. Mas, se temos alguma certeza nessa vida é que não podemos ser nada quando estamos muito perto um do outro. Porque não, não dá certo. A gente se esbarra, se atrapalha, se preenche demais. Nos sufocamos com tanta vontade, tanto amor que não dá certo. E vamos combinar, tudo o que é demais sobra. E sobra sem dó alguma.
Mas se pudéssemos ser algo seriamos algo muito intenso, eu diria. Meio avassalador demais, dinâmico demais, (porque você sabe, eu sou dinâmica e você teria que me acompanhar). Meio cruel demais também porque seriamos tão egoístas com a nossa própria companhia que não aceitaríamos intervenção alguma, seriamos só eu e você, nada mais. Ninguém mais. E com certeza, seria tudo demais. Mas se pudéssemos ser algo o nosso demais não sobraria,  engoliríamos toda a presença, o afeto, as tardes de domingo e distribuiríamos na vida em comum julgada eterna.
A verdade é que se pudéssemos ser algo você nunca mais precisaria olhar minhas fotos escondido pra ninguém perceber que assim como eu você também sente falta da gente, você não iria passar a mão na sua barba mal feita e lembrar o quanto eu gostava disso apesar de reclamar infinitas vezes o quanto elas me machucavam. Você não precisaria ouvir nossas músicas a fim de trazer conforto pois estaríamos juntos nos confortando mutuamente.
Sei que, se nós dois pudéssemos ser algo, por escolha ou fatalidade você lembraria da gente ao final do dia e a gente se encontraria no pensamento nos mandando boas vibrações depois de um dia cansativo. Porque se fossemos algo eu estaria ocupada o bastante com você agora ao invés de estar dissertando sobre eternos clichês de amores vindos e amores perdidos. Por isso, meu bem, me deixe guardar meu clichê e vamos ser algo.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Todo amor que houver nessa vida.

Aguenta essa: eu não estou nem aí. E vou te confessar, não estar "nem aí" nos dias de hoje causa um feito danado. Já não me importa mais as esquinas que passei e as que vou passar, tenho ligado somente em onde estou, e agradeço profunda e largamente por ter chegado a este ponto. Hoje só existem três coisas que me tiram do sério: só ter água quente em casa, a bateria do meu celular e o Cazuza. Ahhhh, como esse último me tira do sério... É engraçado mas eu e ele queremos a mesma coisa, e olha, é tão difícil querer a mesma coisa que eu. Mas ele quer, porque ele quer a sorte de um amor tranquilo com sabor de fruta mordida, e eu também.
Tá ai, "amor tranquilo". Isso existe?! As histórias de amor que ando presenciando por aí andam crueis demais, radicais demais, verdadeiras de menos. E eu te pergunto é preciso mesmo leva-las tão radicais assim? Tão a ferro-e-fogo? 8 ou 80? Outra coisa que aprendi observando tanto as pessoas e escrevendo tanto sobre elas eu posso relacionar aqui: tudo ou nada não está com nada, minha gente. É minha verdade...Juro! E eu posso te garantir, não é assim que deve ser. O meio termo existe sim e as vezes é a melhor opção. Temos que aceitar isso. Essas histórias que chegam do nada e te deixam descabelada e totalmente louca ou é cólica ou é paixão, mas está longe de ser amor.
O amor é calmo, passivo, vem de pouco em pouco e é preciso ser conquistado diariamente se não se transforma, e se transforma em saudade, em dor ou em um texto avulso como este. Ele não vai aparecer pra você só porque estás sofrendo ou porque precisa de respostas para perguntas infundadas sobre a relação humana e seus defeitos. Ele vai aparecer quando você estiver pronta pra ele, vai aparecer quando você descobrir a sensação gostosa que é viver sem esperar por ele, vai aparecer quando você deixar de somente ver as coisas e passar a enxergá-las. Ele vai aparecer... Mas vai aparecer quando você não estiver olhando nem ligando, porque se você usar um binóculo com raio-x, ah querida, sinto lhe informar mas ele vai desaparecer. Vai correr em silêncio porque a fuga silenciosa é a pior, mas a mais eficaz que não te dá tempo para fazê-lo ficar,  vai se render a outro encanto que esteja destraida o bastante para recebe-lo na calmaria.
A verdade é que o amor é surpresa. É despreocupação, é a ligação no domingo. Apesar de ser cura para muitos males, há quem o trate como remédio tarja-preta, e não, não, não! O amor não é remédio, muito menos preto, ele é vermelho, rosa, colorido ou a cor que você quiser que ele seja. E vou te dizer mais, quando você estiver amando será a última a saber, porque amor, como eu disse, é surpresa, e essa é sua mágica. Ele vai vir na calmaria porque o amor é tranquilo com sabor de fruta mordida e se você souber exerga-lo e não assusta-lo com certeza terá todo amor que houver nessa vida e algum trocado pra dar garantia. 

terça-feira, 24 de abril de 2012

Que venha, mas venha inteiro.

O coração dispara loucamente: nova mensagem no celular. Você tenta se preparar e o seu cérebro libera quantidades imensamente significativas de dopamina e ocitocina que é pra te deixar totalmente sem qualquer tipo de reação. Mas veja só, depois de minutos de extrema adrenalina você constata: não é ele. E agradece largamente a sua operadora mas você não quer pacotes promocionais de chamadas de longa distância, até porque vem constatando sim que a distância é uma merda e o quanto mais longe está dela, melhor! 
Não sei muito bem quando essa bagunça toda começou e muito menos se ela termina, mas depois de muito refletir cheguei em algumas conclusões como, as vezes pequenas direções mudam vidas inteiras. E é isso, simples assim. As coisas mudam com apenas alguns voos e um pouso doloroso até chegar a algum incontestável fim (ou começo): uma nova realidade e um novo jeito de encarar a vida. Tudo depende de como você vê.
Tenho cada vez mais certeza de que são essas pequenas transformações que fazem o ontem ser diferente do hoje, e não só as horas que passam despercebidas no relógio do teu braço. As pessoas evoluem, mudam, se transformam, e acredito que novas cicatrizes aparecem para suprir hematomas antigos, que ficam lá disfarçados só pra gente lembrar do que passou e descobrir se já é hora ou não de apertar o vermelho pra ver se o machucado tem o mesmo efeito e se podemos seguir em frente.
O que se passa na cabeça e na alma de gente que gostamos será sempre um mistério -graças a Deus-. E é isso que torna as pessoas interessantes e cheias de surpresas. Cá pra nós, será que nos apaixonariamos mesmo se tudo fosse mais simples, mais fácil?! A verdade é que somos loucos por desafios. E não há quem mude isso. Só quero deixar um coisa bem clara, a dificuldade que as pessoas tem para se relacionarem umas com as outras, a falta de demostrações, a frieza do seu ego é indiretamente proporcional ao fato do sentimento ser ou não ser sincero e puro. Me entende?! Quero dizer, cada um ama do seu jeito e cabe a você, a mim, respeitar e entender isso. O que vale mesmo é que seja real, que seja verdadeiro, que venha de corpo, alma, coração e todos os defeitos inclusos. Que seja por inteiro.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Cedo ou tarde.

Somos assim, sem exceção: só se percebe a falta que o outro faz quando a ficha cai e já é tarde demais. Mas te pergunto, será mesmo que é tarde demais? Será que existe mesmo um momento certo pra ir buscar felicidade? Defendo a ideia de que as coisas acontecem sim quando tem de acontecer, mas vou logo me contradizendo: nós podemos e somos capazes de adiantar ou atrasar o processo todo, pode acreditar!
Eu fiquei pensando nisso durante muito tempo depois daquela tarde em que ouvi você desligar o telefone sem dó alguma após me dizer que iria ser feliz sem mim. Você nunca ligou para quantas voltas o mundo podia dar e sempre foi assim, hoje eu até entendo o motivo da tua espera pelas "coisas certas". Sua única preocupação mesmo era o Bom Dia para o porteiro gente fina do teu prédio e o batom vermelho logo cedo... Você pulveriza a vida e se completa nela. E não são retalhos, muito menos migalhas, pelo contrário, te vejo mais inteira do que muita gente por aí. Você me ensinou que um dia a gente some desse mundo e as coisas pequenas terão o mesmo significado das grandes. Importante mesmo é quem vai estar lá pra dar o adeus final. Sempre te vi no hoje, você sempre viveu o hoje de fato, sua história de vida só transita no presente e isso muito me agrada... Ou me agradou, já que faço parte do seu passado que não é digno nem de pequenos rebuliços seus. 
Você me mudou. Me mudou de tantas diferentes formas, em tantos ângulos. Me mostrou que a gente tinha muito o que aprender - e ainda tem. Mesmo quando todos diziam o quanto éramos vazios e hipócritas discursando palavras que não proferiam um terço do que éramos e queríamos de fato para nossas vidas e mesmo assim nos completávamos de uma maneira indiscutível. E eu acho que deve ser por isso que ainda não posso colocar um ponto final em você. No máximo algumas reticências para quem sabe na hora que estivermos prontos o suficiente para nos engolirmos sem entalar continuar essa história. 
Sei que não adiantaria ninguém te contar sobre meu eterno e infundado elo por você. Você jamais ligaria. Talvez até iria de uma vez. Ou ficava de uma vez. Mas essas são questões que eu não saberei tão cedo, ao menos que você crie coragem o suficiente e venha me contar, eu adoraria escutar, e vou te confessar uma coisa, se isso acontecer só você e Deus saberiam o ritmo que meu peito consegue alcançar de uma hora para outra.
Peço agora licença ao meu orgulho barato para lhe dizer que descumpri a promessa de nunca chorar. Mas. Mas a verdade é que amo. E sou louco por inteiro por isso. Peço licença a minha fragilidade que anda escancarada me provando que muito já mudei para lhe dizer que, de perto ou de longe te olho. Te olho, te cuido, te protejo. E que posso ficar sem verso, sem rima, sem concordância alguma, mas não me deixe sem você aqui, porque pode ser cedo para nós, mas nunca será tarde demais. 

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Verdades.

Ando tão sem tempo para essas pequenas coisas. Essas mediocridades que escancaram aos nossos olhos egos inflados de pessoas tão vazias. Ninguém se respeita mais, ninguém se conhece mais, e eu, particularmente não tolero mais tanta fachada. Quero clareza, quero luz, quero verdades. É isso, quero muitas verdades. Acreditar e confiar. Eu te pergunto, isso ainda é possível no século presente? Muitos dizem que não, e eu temo ter que um dia concordar. Em um tempo onde nunca se sabe quem é quem me lembro agora do que Mário de Andrade uma vez afirmou: "as pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos". Espero profundamente estar viva até o dia em que as pessoas irão se abrir com clareza, sem medo de expor suas verdades e absurdos e me deixarem confiar nelas sem dó. Meu tempo vem se tornando escasso demais para discutir tantos rótulos, quero essência, minha alma grita por isso, eu tenho esse direito, além de muita pressa!

Mudar pra mim, por mim.

Sempre achei sentimento bem bilateral. E defendo fielmente a ideia que a gente que escolhe como vamos encará-lo. E pra mim essa é uma das artimanhas mais incríveis desse amontoado de coisas desconhecidas que cabem dentro de qualquer tipo de sentimento. Sem querer falar muito difícil, apesar de ser MUITO difícil ser simples se tratando de sentimento (olha aí eu já me complicando de novo), a verdade é que eu nunca te pedi pra mudar. E nunca vou. Não mudar por mim. Se tem outro aprendizado que eu me encarreguei de guardar durante esse tempo de vida ele é esse: não mude por mim, por outrem, mude por você. Tá aí, mudar... Será mesmo que a gente sabe a hora de mudar? Mudar de casa, mudar de rotina, mudar de amor, mudar de vida! Sei que, se um dia você tiver que mudar que seja por você. Não mude por mim, nem por qualquer outra que possa vir aparecer em tua vida, mesmo que ela seja até melhor que eu... Não mude.
Não pense que meu pensamento sempre foi regado dessa forma, muito pelo contrário: sempre achei um excesso de egoísmo não mudar pelas pessoas. Eu muito já mudei. As vezes acho que foi bobeira, as vezes acho que foi um alívio, é fato que não tenho uma verdade formada sobre isso. Dizem que quando a gente gosta de alguém ou de algo a gente faz de tudo pra cuidar, estar por perto, proteger. Mas infelizmente esse não foi o nosso caso, ou melhor, não foi o seu caso. Eu bem que troquei prioridades, o almoço de família no domingo e alguns amigos, e você só ficou no seu mundo queue eu entrei. Invadi. E invadi ouvindo você dizer que esse é teu jeito, ou melhor, a tua falta de jeito.
Hoje ouvi dizer que queres mudar. Que resolveu mudar por si só e que está feliz com isso. Pena que eu, por tanto mudar por ti acabei mudando por mim também e veja agora, estou tão mudada que meu passado ficou tão para trás que eu já nem consigo alcançá-lo. E não, não é egoísmo, longe de mim ser egoísta assim, mas eu ando tão ocupada com a minha vida que você nem pode imaginar. Volta mais tarde pra quem sabe possamos mudar juntos?! Você aceita? Mudar por mim, mudar por você.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Ficar de vez.

Sem muitas delongas eu digo: a verdadeira felicidade você só vai encontrar dentro de você. E é isso. Minha história começa à um tempo atrás, e nessa época eu não entendia muito bem quando ouvia esse tipo de conversa, e sempre achava que pra ser feliz precisava ter alguém por perto. Santa ignorância...
Você entrou na minha vida um pouco depois de algumas descobertas, não inteligentes o bastante para me fazerem ver o quanto eu podia ser inteira mesmo que só. Nós eramos muito jovens e achávamos que o mundo estava em nossas mãos. Ingenuidade da nossa parte, brincávamos com ele sem nos preocupar com o futuro, tendo uma única certeza de que, se um dia as coisas viessem a mudar cada um iria para seu lado e pronto. Que seria fácil assim. Foi o que aconteceu, cada um para seu lado. Nem nos falamos mais, já nem sabemos por onde caminhar. Mas nosso coração ainda conversa se estão perto e isso me instiga um pouco. O meu peito apertado denuncia que alguma coisa grave aconteceu, e a tua recusa aos meus toques também. Cheguei a te procurar algumas vezes, cheguei a virar doses e mais doses no bar da esquina mas nada foi meramente eficiente a ponto de fazer efeito progresso. Pelo contrário, tinha a impressão que dia após dia regredia mais me afundando em nostalgia. Eu já te espero faz algum tempo, essa é a verdade. Desde a última vez que você foi embora e me deixou sem notícias me provando o quanto é inseguro para sumir sempre que as coisas estavam indo muito bem. E sempre foi menino o bastante para voltar aos 45 do segundo tempo quando eu já estava deixando de lado o teu sorriso, a tua barba por fazer e teu perfume loucamente doce. 
Meus amigos sempre me dizem para parar de me iludir. E justamente por ser pura ilusão eu me jogo sem medo algum. Eu faço a nossa história porque sei que não posso esperar nada de você alem do de sempre: a eterna despedida. Meu Deus, será que estou tão previsível assim a ponto de você saber que a porta vai estar sempre aberta? Dizem por ai que gente não dá certo, que a gente não se encontra, mas meu cinismo fere todas as meias verdades que entram nos meus ouvidos para te deixar aparecer só mais uma vez, pra quem sabe assim, por vontade ou descuido você não acabe ficando. Você não acabe gostando de ficar. Só mais uma vez... Ficar de vez!

Meu direito.

Preciso de algumas explicações. E com urgência. Alguém que me explica como a gente pode se perder e achar que se encontrou? Ninguém é tão alguém que supere nossa própria companhia, acredite! Esse coração que não toma jeito... Nem dá jeito. Não chega a ser uma carência escancarada, mas afinal qual é o ser humano que não tem a básica necessidade de se sentir cuidado, de aquietar-se um pouco, receber afeto, afago, um olhar manso?! Eu também preciso de carinho, você me entende? Como eu disse, quem é que não precisa?! Sobreviver em meio a socos, ponta-pés, arranhões é doloroso demais, cruel demais. Você pode dizer que me vê autossuficiente demais, mas vou te contar uns dos meus maiores segredos: é pura propaganda enganosa. Agora eu só finjo. Finjo que não me importo, finjo que cresci, finjo que esqueço e finjo que não me machuco mais. Sem mais rodeios, quero chegar a só um ponto, vê se entende o que eu tento dizer: em meio ao turbilhão de más palavras, em meio a toda esse conflito de pessoas e sentimentos, em meio aos maus tratos das pessoas e todos aqueles "não-me-toque", no fundo, no fundo a gente quer mesmo é gritar "me-toque-mas-me-toque-com-cuidado." A gente tem esse direito, não tem?!

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Um novo ritmo.

Acabei de trocar de rádio e a música dela começou a tocar. Um ritmo inconfundível. Calmo na maior parte do tempo e agitado de uma forma inesperada que é pra surpreender qualquer um. Se eu fosse descrevê-la eu usaria o ritmo dessa música: "Calma na maior parte do tempo e agitada de uma forma inesperada que é para surpreender". Mas, ela dita um ritmo que se perdeu. Quando é que você se perdeu assim, menina? Me diga com sinceridade, não me venha classificar como história de amor ou abandono porque sei que vai além disso. Ela deixou de tentar faz tempo. De tentar, de se importar. Abandonou o barco, o bote, abriu as asas e resolveu voar sozinha. Muita coragem, eu diria. 
Em alguns meados atrás proferia com todas as letras que tinha absoluta certeza do que queria. Ah, coitada... Ninguém tem absoluta certeza de nada nessa vida, ainda mais quando se tem vinte e poucos anos. Se sou digna de lhe dar algum conselho que aprendi com meus poucos anos de vida seria a respeito disso, tudo é efêmero, tudo é passageiro. Acredite se quiser. Eu não acreditei. Nem ela... Ela lutou até o último instante, mas chegou a lugar nenhum até constatar que: tudo é passageiro, tudo é efêmero. E você passou! Longe dela querer desistir, ela queria mesmo era mostrar pra toda gente aquele amor guardado no peito disfarçado que ninguém conseguia ver. Mas como eu disse, desistiu. É engrado como o amor se torna angustiante quando ele é só nosso.
Depois de constatar o óbvio, fez todo aquele show de mulher carente que era, abraçou a causa do quarto escuro e das músicas melancólicas e se lamentou o tempo de algumas lágrimas. Ponto! Mulheres geralmente tem esse dom de transformar paixão em dor e dor em calmaria. Graças a Deus! Foi o tempo necessário para sua playlist tocar uma vez inteira e logo ela ouvir novamente aquela canção "calma na maior parte do tempo e agitada de uma forma inesperada". Foi isso. Se agitou. Se agitou e surpreendeu. Agora ela é outra, ela é nova e não há quem a faça dançar um ritmo diferente.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Ah não...

De alguma forma louca e absurda eu sabia que podia ser amor. Não sei como, confesso. Mas sempre tem aquelas coisas que a gente olha e pensa "quero pra mim". Te vi e não deu outra: quero pra mim! E quando eu quero, ah querido, quando eu quero... Não tem quem dá jeito, eu quero e ponto. Eu quero e pronto! Quero no ponto... Não sei se seremos capazes de cultivar isso que estamos sentindo hoje, talvez dure uma semana, um mês, ou talvez dure muitos anos, a eternidade quem sabe. Sei que hoje dá um enorme frio na barriga pensar nesse possível fim. E é por isso que eu digo não. Eu nego sempre. Não pra você. Não pra esse amor. Não de boca cheia e coração apertado. Hoje não. Negativo. Não dá agora, não dá nunca. Nem pensar. Quando eu digo não, é não. Só pra você não esquecer: NÃO! E aí você mexe na fechadura da minha porta e tudo vira do avesso. Agora é não, só que ao contrário. Ah não...

quarta-feira, 11 de abril de 2012

A mulher da sua vida.

Meu amigo, hoje eu venho com uma bomba. Não é uma notícia muito agradável pra ti, talvez hoje você não veja a gravidade do fato, mas tenho que lhe dizer, você perdeu a mulher da sua vida. Não sei muito bem da história, sei da parte dela porque muito me interessa escutá-la... Ah, se ela me ouvisse também. Ah, se ela me enxergasse além do amigo que sempre vai ajudá-la com babacas feito você... Ah! Sei que ela se escondeu por alguns dias, só lia e relia diálogos que -infelizmente- alimentavam uma esperança nada saudável. Lembro-me de vê-la chorar algumas vezes, poucas vezes, confesso, mas a tristeza no teu olhar falava muito mais do que qualquer lágrima que viesse a escorrer. Ela nunca soube lidar com rejeições, pelo simples fato de nunca ter sido de fato. Mas, a garota é mimada e linda, você quer o quê?! É daqueles tipinhos que esnoba, esnoba até que venha uma imbecil o suficiente para se desinteressar por ela. Não foi falta de interesse, mas diferente do normal: não houve interesse imediato. Probleminha...
Não me lembro bem o que ela pensou na hora, mas lembro-me de receber algumas muitas ligações na madrugada de pura indignação. Ela viu alguma coisa em você que não sabia explicar, e sinceramente, nem eu. E olha que a entendo... A entendo perfeitamente! Aqui você pode me dizer a verdade, aquele papinho de que ela era a mulher perfeita pra você era só porque ela te tirava do tédio, não era?! Eu já desconfiava... Ela nem sonha! Que isso morra aqui! Bom, ela limpou o rosto durante alguns dias, o tempo necessário para não ser vista como alguém que sofre por um imbecil feito você, e até foi passar as férias fora que era pra aproveitar todo o clichê que era te esquecer. Cá entre nós, o que você fez pra ela? Claro, crime inafiançável, sua eterna insensibilidade. Sempre desconfiei que você era do tipo de caras que quer, quer, quer e nunca está satisfeito. Mancada! Isso não se faz com mulher nenhuma, ein. 
Ela me ligou esses dias pra contar que voltou da tal viagem, sem nenhuma marca de você, sem nenhuma cicatriz. Fiquei muito feliz por ela, por mim... Me disse que vai achar um cara legal capaz de querer alguma coisa legal também. Diz aí, esperança bonita a dessa menina, ein! Ela nunca foi do tipo que se conforma com as coisas, era do tipo que pegava alguns livros novos, muitos doces e algumas noites bem vividas. Quando soube que ela havia voltado e que de infantil passou pra mulher crescida muito me surpreendeu. Não se faz mais de difícil pra vida não... Olha só! Nada que uma decepçãozinha não faça, não é mesmo?! Hoje sou eu quem te agradeço, ela cresceu... Obrigada por ter feito isso pela MINHA menina. Afinal, você perdeu a mulher da sua vida, e eu?! Eu ganhei a minha.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Doutor...

Bom, queria começar esclarecendo que não vim ao psicólogo porque tenho problemas mentais não. Ou tenho e não sei... Quem sabe. Mas vim porque queria alguem para conversar, e me sinto muito mais confortável pagando alguém por isso. Amigos? Tenho amigos mas eles são sortudos o suficiente para arrumarem esses amores de propaganda de margarina. Poderia ser minha mãe minha confidente, mas, ela não merecia depois de um dia de trabalho minhas lamentações e paixonites agudas. Pensei em procurar um padre, mas ele me acusaria em alguns momentos, então... Senhor psicólogo, peço por favor que não me interrompa e me deixe lhe dizer tudo.
Tive um grande amor (ou ainda tenho), mas é que assim, antes ele era meu pensamento diário, desde a hora de acordar até a hora de dormir, um ciclo sem intervalos, sabe?! Até que eu comecei a colocar outros assuntos na frente dele. É difícil demais, vou te confessar, porque poxa vida, tem sempre alguém com alguma notícia, alguma novidade, algum desastre, e eu sempre estou por perto para ouvir. Não sei se fazem de pirraça ou é pura ingenuidade mesmo mas a verdade é que eu não queria saber sempre dele. Ele tá bem, não tá? Isso já me conforta, desconforta, já basta, dá um certo sossego e desespero... 
Mas, é isso aí, tô viva, tô legal na maior parte do tempo, e sinceramente, acho que estar bem, estar feliz é questão de vontade, não tem nada haver com jogo de sorte e azar. Então, estou bem! Tô saindo pra caramba, me divertindo e tal... Sim, estou muito bem. Enfim, até então você que só me ouve deve estar pensando que realmente eu possa estar louca de ter vindo aqui gabar minha vida super controlada e feliz, mas a verdade é que mesmo com tudo isso eu não paro de pensar nele, e eu gostaria de saber se agora, ou num futuro próximo a ciência possa vir a resolver meu problema? Será que tem algum antítodo contra essa paixonite, Doutor?! Não, né? É, acho que não tem jeito mesmo... Tô ficando sem solução. Mas tudo bem, Doutor, como eu disse eu tô bem, tô feliz e eu não acho ruim pensar nele não. Mesmo morrendo de saudade, mesmo sonhando com teu sorriso, mesmo me escondendo tanto é ele que me tira belos sorrisos. Entende?! Não?? É, Doutor, se nem você que estudou tanto para entender as pessoas entende de desilusões amorosas eu devo ficar sem solução mesmo. Se eu conseguir me resolver eu volto e te conto, ou então até mês que vem se eu precisar de tarja-preta.

domingo, 8 de abril de 2012

E aí?

Me desculpe a franqueza, mas, é o que tem pra hoje. Digo pra hoje porque fui feita com uma enormíssima capacidade de me transformar a cada segundo, nunca sou a mesma, e acredite, isso que me mantém inteira nos dias de hoje. E ai, você aguenta?! Você consegue encarar minhas verdades e constatações? Sou assim, cheia de mim com meias verdades escancaradas para quem quiser ouvir. Não consigo me dar as costas, não sei driblar minhas vontades. Elas se penetram em mim, me invadem até o último osso, me corrompem, rasgam e permanecem. Permanecem até serem saciadas. E eu sempre quero. Quero tudo. Quero muito. O tempo todo. E sou de verdade. Não saio correndo quando sinto, e olha que sinto... Sinto muito! Me envolvo. E por sentir muito me despedaço, me quebro, até me recompor e dar piruetas novamente. E aí, você encara? Consegue suportar meu lado forte junto com o que pede colo a todo momento? Sou assim, cheio de mimos, manhas, vontades, exageros! É tudo demais. Odeio o diminutivo. Não me venha com muitos inhos, por favor. Quero mais, sempre mais. E aí, você encara? Você pode comigo? É o que tem pra hoje... E se você aceitar, é o que vai ter pra sempre. Pode entrar, a porta está aberta.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Silêncio.

Permita-me desfalecer um pouco o meu sorriso tão falso enquanto disserto sobre coragens que nunca tive de verdade. Deixe-me ir já que não me resta mais disposição para ficar e te provar que minhas falhas, essas que hoje me definem e me limitam se transformarão em outras grandes falhas que me definirão e me limitarão daqui a algum tempo. Eu vou me corrigir... Só me deixe chorar pela incompreensão desses dias amargos e me afundar um pouco nesse vazio infundado e um tanto incompreensível aos teus olhos. O telefone não vai tocar e se você ainda não conhece o desespero do silêncio, lhe dou um conselho: apenas aceite. Porque o  silêncio realmente fere.
Andei espalhando sorrisos por ai. Além das mentiras largadas e verdades cruas. Fui fazendo novos eus pra quem sabe, em algum desses eu encontrava a verdade. Coisa de gente que se ilude, eu sei. Como se pra ser de verdade precisasse estar à par de outro alguém. Mas é que as vezes dá um aperto, uma agustia, você sabe do que eu estou falando... Esse sentimento de que todo dia é domingo e que toda manhã nascerá chuvosa. A verdade é que no fundo, no fundo gostaríamos de alguém para resolver nossos problemas, ou então levá-los para passear um pouco.
Perdoe-me a falta de jeito e a indelicadeza com esse turbilhão de ideias, mas tenho limitações bobas e vontades absurdas para as minhas carências nada casuais. Elas vem e vão num piscar de olhos e eu só te preciso por alguns segundos, se puder ficar, é claro. É só o tempo de me decifrar, tenho um dicionário de termos ainda não codificados que conseguem falar um pouco sobre mim. Não sei como, não sei o motivo, mas acredite, isso é possível. Ele não explica muito, não deixa nada muito claro, mas não me importo... Sou isso aí. E isso aí basta.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Mesquinha.

Ô Deus, como sou mesquinha. Sou mesquinha mas não sou cruel, muito menos valente o suficiente para desistir de tudo o que construi durante esse tempo de vida e lutar por você. Eu sempre vou embora, e sei que nunca vou poder te pedir pra ficar ai me esperando com um sorriso congelado no rosto porque nunca sei se consigo voltar.
Eu até abro mão de você de uma forma carinhosa porque sei que nunca vou poder contar com você de fato. Só não sei se é insegurança ou se você faz parte da sociedade com alma de menino grande que não consegue se entregar. E eu tenho que entender. A verdade é que não sei se vou ou se fico. Tantas meias verdades, tantas dúvidas. Esse é daqueles típicos amores tarja-preta, eu diria. As dosagens devem ser homeopáticas e de mês em mês, que é pra não viciar. Porque se vicia, ah, querida, ai já era, não tem mais jeito, você vai continuar sendo mesquinha o suficiente para olhar pra ele por trás do ombro de óculos escuros para ninguém perceber. Furada!

quarta-feira, 4 de abril de 2012

O meio.

Não sei por onde começar. E isso tem sido frequente se tratando de mim. Eu nunca sei por onde começar. Talvez seja porque nós mesmos não sabemos por onde começamos. Quando vimos já estava assim, essa coisa começada e sem final. E quem precisa de final?! O meio... É o meio que importa. Moral da história, lição, aprendizados ficam pra depois. Pra daqui a alguns anos, daqui muitos anos, quando estivermos bem velhinhos de cabelos brancos contando nossas inúmeras histórias, e algumas estórias para nossos netos. É o meio que importa. É o meio a melhor parte. É no meio que a gente embola o passado e traça um futuro engatado.
É no meio que você se pergunta e até consegue algumas respostas. Sempre tem alguem com respostas... Ou você mesmo se responde, e acredite, serão sempre as melhores verdades. É no meio que você descobre que o sol também queima, mas que a chuva pode não ser uma eterna tempestade. Que beijo nem sempre é amor e carinho deve vir de graça. No meio você descobre que é importante estar bem com pessoas, mas não tanto quanto estar bem consigo mesmo. No meio você vê que não pode confiar em todo mundo, mas descobre que ainda se faz importante ter esperança no ser humano e no futuro. Ah, o meio...
Você procura o grande amor da tua vida no meio. E acha. Perde. Acha de novo... Esse, o do meio, vai mudar inúmeras vezes, e acredite, não há mal algum nisso. Ele sempre estará na mesma sintonia que você, vagando por infindáveis meios, até que vocês voltem ao começo ou estejam prontos para engatar um final depois do Amém.
A única coisa que eu peço é que, por favor, não se perca para sempre no meio. Dê algumas voltas, mas volte, pelo amor de Deus, volte. Viva o meio porque o meio é bom. E é nele que sua vida vai ser escrita. Ele tem gosto de aventura e todo mundo quer estar. Meios são sempre muito bons, vai por mim! No meio do beijo, no meio do abraço, no meio do edredom. No meio dos amigos. Tem coisa melhor do que ficar no meio dos amigos?!
Há muita verdade no meio. E nós fazemos parte disso. Fomos o começo, somos o meio e quem sabe, seremos um final. Desejamos um depois lindo baseado em toda essa tragetória. Espero que nosso meio tenha grandeza o suficiente para esperarmos o melhor do depois. E assim vamos indo, vivendo no meio da maneira mais intensa possível pra quando chegar o depois sejamos levados de lugar nenhum para algum lugar... O fim desse texto?! Pra quê... O meio está tão gostoso.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Só palavras.

Eu não escrevo pra fazer rima, eu não escrevo pra me lerem.
E nem pra preencher o vazio da página.
Eu me acho escrevendo.
Eu me sinto escrevendo.
Eu me encontro escrevendo.
E vejo tudo sem vaidade, vejo tudo de verdade.
Só tem eu e esse branco. Só tem eu e as palavras.
Elas me mostram o que eu não sei ver.
Por mais que eu tente ver: são só palavras.
Por mais que eu me mate são só palavras…

quinta-feira, 29 de março de 2012

Sem mais lamentações.

Ei, pequeno, olhe pra mim e ouça bem: Eu sei que anda sendo difícil. Mas não desiste não. E, com o perdão da palavra: Pare de se lamentar. Sei que você essa hora está pensando o quanto é fácil pra mim lhe dizer uma dúzia de palavras de conforto. Fácil pra você me agredir dizendo que essa dor é só sua e ninguém dá jeito, ninguém entende, ninguém sente. Não vou te julgar pelo melodrama, é normal, eu te entendo, acredite. Pode esperniar, pode gritar, pode colocar a culpa dessa dor em qualquer um, afinal, muito fácil arranjar um réu para nos tirar a responsabilidade dos nossos erros. Fácil demais se afogar em sofrimento e provar pra sociedade que és o último romântico da terra.
Quando se é contrariado, quando as coisas saem do nosso controle é isso que fazemos, eu, você, todo mundo... É muito mais fácil cumprir com o papel de vítima. Sempre teremos uma justificativa a altura para prolongarmos e afundar na infelicidade. Aceitar que não se tem mais o tudo em mãos é muito doloroso. Assumir isso então, ô, nem se fala. E então manipulamos tudo e todos, os abrigando a entrar no mesmo ritmo.
A certeza de que tudo nessa vida é efêmero me traz paz e calma o suficiente para nunca mais dançar esse ritmo. Estive afogado em problemas até me cansar demais e me lembrar o quanto estava sendo leviano ao verbalizar meus sentimentos super bem resolvidos de alto escalão sobre tudo.
Quando finalmente tive coragem de colocar ação nas minhas palavras pude perceber o quanto se faz presente e necessária a crença diária de que as coisas sempre estão certas e o quanto fazemos pouco caso dos detalhes. E, sinceramente, nunca vi lamentações resolverem problemas...Só ações! Com todo o perdão da palavra: Pare de se lamentar.

Mas ouvi dizer...

Já falei sobre auto-suficiência, já proferi milhares de discursos sobre gente frágil e que diz não conseguir viver só. Já disse como sou segura e inteira dentro de mim e o quanto consigo ser quem eu quiser ser, e ainda te fazer acreditar nisso. Minhas verdades serão sempre verdades pra você porque eu sei que tenho uma enorme capacidade de fazer quem quiser que seja acreditar em mim.
Já falei sobre deixar você ir embora e me martirizar só uma, duas semanas no máximo. Mas não tem jeito, é você. É que você me prova o quanto sou teimosa o suficiente sendo capaz de verbalizar minhares de desculpas para sua falta de jeito. Para a minha falta de jeito... Porque realmente: Não tem jeito! E eu te protejo sempre. Te defendo dos meus amigos porque sou a única pessoa que pode te desconcertar inteiro. É você. É você porque só eu posso te provocar da maneira que melhor te estraga, sempre! Só eu posso inventar várias histórias e ser capaz de nos encaixar nelas...
Mas ouvi dizer que estás bem. Ouvi dizer que conheceu novos lugares, novas pessoas e provou de novas bebidas bem amargas que é pra suprir todo o doce que eu fui capaz de depositar em ti. Ouvi dizer que é uma grande perda de tempo lembrar o quanto conseguimos gostar um do outro e ainda sim terminar a semana longe sem problema algum. Ouvi dizer o quanto sou dramática demais e mal agradecida por ficar aqui me lamentando tanto, dizendo coisas sem importâncias para no fim da noite me gabar só mais um pouco do meu auto-controle. Peço licença ao meu controle fingido e a minha falta de jeito pra te amar só mais um pouquinho essa noite...

quarta-feira, 28 de março de 2012

Velha e surrada mania.

Tenho uma péssima mania de sofrer por antecipação. As vezes acho que é um modo que encontrei de me resguardar e alimentar o fato de que nada são flores. Típico pensamento de gente mimada que vai descobrindo a vida aos poucos.
Sofro por tudo o que vivo, pelo o pouco que vivi, mas, principalmente por tudo o que vou viver. Que cômico. Mas, esse sou eu. Me vendo sentando num banco da praça vendo as rugas aparecerem e meu cabelo mudar de cor. Sem contar aqueles fios que voam soltos, me deixando longe e provando que o tempo passa. Estou ficando velho, como a maioria de nós.
Eu sempre idolatrei essa voz da juventude liberta e o poder que ela pode ter na sociedade se a usasse. Apoio as causas do amor livre e o direito de fumar um baseadinho. Muitos negam e se escondem atrás de perucas ou tintas que cobrem suas verdadeiras faces. Mas eu não nasci pra ser careta. Muito menos careca. Me preocupa esses cabelos indo embora e me deixando só. Estou ficando velho... Mas já havia sofrido por isso antes. Há algum tempo atrás quando me imaginei nessa situação de ver meus cabelos voando soltos me provando que não sou imune as marcas do tempo.
Se engana você que pensa que só me imaginei velho e sem cabelos. Muito já sofri por aquela menininha dos cabelos compridos nos meus primeiros anos de escola. Sempre fantasiava diálogos na minha cabeça e neles ela sempre concordava comigo. Ao menos assim eu fui feliz, ela nunca me renegou e eu diria, isso me fez ver os cabelos indo embora só mais tarde. Uma pena que esses diálogos não saiam dos meus pensamentos, uma pena eu ter colocado drama demais na minha fantasia e ter feito-a me dispensar antes do amém.
A verdade é que estou sempre me protegendo do sofrimento, ou melhor, me privando de sofrer na hora certa. Sempre sofro antes achando que vou aprender alguma coisa de como será minha dor e de como lidar com ela. Furada! Ao invés de deixar as coisas fluírem e não me preocupar, ando nessa nóia velha e nada saudável de ver meus cabelos irem embora antes da hora. Essa minha mania auto-destrutiva de sofrer por antecipação que ninguém dá jeito.

terça-feira, 27 de março de 2012

Um texto chato.

Queria que soubesse de uma coisa: é claro que a gente se engana. E não, hoje eu não vou escrever sobre amor. Será que consigo? De novo, e de novo... Nunca me canso. Sempre termino no mesmo ponto neutro que recorro depois de enormes decepções e tapas na cara: O lugar comum e óbvio de escrever um texto chato.
Acho que agora que estou adquirindo uma diciplina que eu precisava ter em saber separar minha vontade de você e a necessidade. Não preciso de você, acho que não, assim como eu vejo que você não precisa de mim, mas minha vontade de saber de você, cuidar, saber se está bem, vivo, feliz, me faz querer tanto estar por perto. E sufoca. Ultrapassa. Atinjo seu ponto mais forte, sua liberdade.
Sempre agi muito por impulso e admito, assusto as pessoas em minha volta. Penso de menos, faço demais. Ninguém entende mas muito me cansa esses seres capazes de recionalizar seus romances. Acho uma pobreza alagoana essa história de liga-não-liga-vou-ligar-diz-que-nãotô-. Anda tão difícil achar alguem que nos aguente, anda tão difícil alguem que passe o número certo do celular pra você e você se dá o luxo de perder seu tempo dessa forma?! Ah mas vá! Liga, vai. Deixa mensagens. Se joga, se liberta e... E se arrebente no chão! Porque o amor tá banal e você tem que entender isso. Você vai arrasar a semana inteira, mas não tem jeito, no domingo de noite engatando com a segunda-feira trágica você vai recorrer ao lugar comum e óbvio de escrever um texto chato!

sexta-feira, 23 de março de 2012

(...)

Confessa que nunca muito te agradou esse meu lado escritora que só eu admiro. Fui descobrindo isso quando os "elogios" foram sendo transformados apenas em reticências. E é engraçado porque sempre vi as reticências como algo que continuassem, mas você as usava sem a menor descrição como algum tipo de freio. Disseram-me uma vez pra largar um pouco o papel e a caneta e ir viver "lá fora", foi um pouco cômico ouvir isso quando parei pra pensar que minha vida se faz muito emocionante a cada página de livro lida ou trecho escrito. Não dei bola. E bem, foi em algum desses livros que hoje, provalvelmente não me recordarei o nome que lí a nossa história... Já estávamos escritos. Acredite. Era algo que dizia mais ou menos que as pessoas não tinham nada haver apesar de serem perfeitas um para o outro, mas nada a ponto de conseguirem somar. Dá pra enteder que trágico?! Fiquei pensando nisso por alguns muitos segundos, um pouco chocada demais, confesso. Mas é isso. Não é por mal. Só que. Assim. Sou meio atraída de uma forma que nem eu mesma consigo explicar.
Não sei o que vejo em você, essa é a verdade. Porque sorriso bonito, piadinhas no fim da noite ou o sorvete de domingo não predem as pessoas assim. Mas, eu tenho sérios palpites do que possivelmente pode estar ligado a essa aliança minha contigo, e olha que nem é recíproca. Ao contrário do que essa história me dizia, nós não somos perfeitos um para o outro. E é isso. Não fazemos nosso tipo, talvez nem sabemos que temos um tipo de fato, mas, nosso vazio se preenche. E eu consigo entender exatamante o porquê me lembrar de você nas horas mais desconexas do meu dia inteiro, e ainda sim ir a tua procura como um ponto de salvação que percorro o dia inteiro que só consigo encontrar no final da caminhada: você é meu lugar-comum na escrita e eu seu clichê altamente repetitivo. Básico.
A verdade é que eu não posso deixar um bom drama como esse passar assim em branco, ainda mais quando a personagem é totalmente instigante. Não posso te deixar ir embora assim. Não é amor. Longe de mim sentir amor. É que nas noites semanais eu sinto falta de você aqui. Não posso deixar você ir embora assim porque eu quero insistir só mais uma vez de que o lado bom pode superar o ruim por mais um tempo. Por mais muito tempo. Por mais todo o tempo! Por vários motivos ou por motivo algum eu só não quero deixar você ir embora assim. O mundo não merece você ir embora assim.
Sem freio, quero que continue. Quero a verdade nas reticências. Quero muitas reticências...

quinta-feira, 22 de março de 2012

Peço ajuda. Suplico por ajuda. Cheguei ao meu extremo. Veja só, tanto orgulho, tanta marra, tudo acabou. Abaixe o nariz um pouco mais, erga só o tanto necessário. Nada de exageiros. Tudo o que é demais sobra. Sobrou muito e ao longo do tempo ficaram alguns abraços, outros se perderam pelo caminho, alguns ainda se perdem dia após dia e nem percebem. Restou um peito tricando, braços e pernas cansados e uma cabeça doída. Ficou o rastro, teus gestos insanos, o adeus por conta própria, ficou a marca. Nisso tudo sobrou-lhe um aviso: Deu amor, deu muito amor, de tanto doar amor acabou se doando por inteiro, não era para se perder, era para se achar, mas vive. Viverá. Na esperaça de olhos mais secos, viverá!
Pensando ser forte aguentei trancos. Pensando ser forte acreditei ser o que sempre quis ser na verdade... Fria, calculista, com o caração na cabeça e a cabeça só no coração. Boa parte segui -acreditando ser- assim. Minhas controvérsias fizeram esse ser absoluto, intacto, certo de certezas que quase sempre nunca são tão certas assim. Me diga, qual é o ser que sabe ser sozinho? Solidão deve ser dosada, em dosem homeopáticas, e eu já me rendi.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Volte.

"Menino, não se deixe distanciar." Foi o grito mais alto que pude dar. No máximo se afaste alguns segundos mas volte, pelo amor de Deus, volte. A primavera está aí linda, florescendo tudo o que vê pela frente, deixe ela florescer teu coração também? Não se distancie, tô contigo e sozinhos não vamos longe. Sigamos juntos...Não se distancie.
Costumo pensar que as coisas acontecem quando e como deve acontecer. Nunca fui desesperada muito menos de ficar idealizado todo um futuro, quer dizer, nem sempre. Afinal, quem é que não idealiza toda uma vida? Mas agora eu já aprendi, como mesmo já dizia um sábio escritor: "Não há nada a ser esperado. Nem desesperado." E assim a gente segue, esperando pouco, mas no fundo, no fundo, querendo tanto...Demais!
Nunca neguei que sempre precisei de afeto. Afeto, carinho, atenção. Mas nunca neguei também que, por mais que precisasse, me embaraço, atropelo e caio em mim mesma atropelando todos em minha volta com um batalhão de palavras mal ditas. Nunca soube dar nem receber tudo o que preciso, e preciso tão pouco... Digo, nunca soube dar a medida certa do que eu quero receber no ponto. Exagero, assusto demais, é tudo em excesso. É preciso achar um meio termo que não te faça ir embora e nem me deixar aqui. Vamos nos encontrar...

(b)

Ontem me peguei em meio a tanta gente querendo chorar por você. Mas aí me lembrei o quanto discursei ser forte e segura e auto-suficiente o bastante a ponto de nunca passar por isso. Ora nunca, quem eu estava achando que era? Mas uma coisa eu descobri: mesmo mantendo meu coração e minha vodka sempre em meio a gelo uma hora derrete, uma hora esquenta.

Eu-pra-mim.

Pronto, passou, acabou. Agora sou mais eu em mim, menos em você. Sou presente pra mim, passado pra você. Sou futuro em mim, lembrança em você. Virei a página, troquei de música e agora eu danço no ritimo certo. Me vejo enorme, me vejo inteira, me vejo nova. Agora é assim: Eu-comigo.

terça-feira, 20 de março de 2012

Queria que minhas palavras entrassem nos ouvidos das pessoas e soasem de uma forma tão única e intensa, assim como eu me sinto ao escrevê-las. Queria que elas fossem capazes de mudar alguém, assim como me mudam um pouco a cada dia.

Seu moço,

Se você lesse minha literatura, moço, se assustaria.
Tanto amor espalhado em várias letras, quem diria.
Feita para acreditar que seria imune: às pessoas, às coisas. Quebrar qualquer laço que indicasse uma maior aproximação. Tudo saiu do controle. E que estranho não ter mais o comando em mãos. Se perdeu. Mas, todo mundo não precisa se perder um pouco pra aprender a se encontrar? Me perdi de novo, e sinceramente, já não sei se quero me encontrar novamente.

(?)

Felicidade egoísta ou falta de coragem? Depois de muito procurar nem mesmo essas frases clichês se encaixam mais, quando você está nesses dias bons tudo e nada podem fazer sentido ao mesmo tempo. Que seja eterno.

(Des)culpa.

Desculpa a insistência, a falta de jeito ou o excesso de cuidado. É engraçado se desculpar por dar atenção em um tempo onde as pessoas imploram, esperneiam, gritam por isso. Atenção, carinho, cuidado. Deve estar ai o problema, te enchi do que eu queria ter e de tanto repassar não sobrou nada aqui. Preciso me concentrar novamente e lembrar o quanto sou inteira e segura a ponto de conseguir caminhar só.

Só o começo.

A pricípio quero ter saúde, muita saúde. O resto eu vou ganhando e perdendo com o tempo como tantas outras vezes. Em outra época te pediria novamente, hoje eu só peço que você não tenha medo. Não tenha medo de ficar por perto, só o que eu lhe peço. Mas, eu não posso reclamar, queria muito reclamar, conversar, entender, decidir, berrar por atenção. Mas não, não posso. A cartilha da vovó sempre escancarou na minha cara que, depois de muito tentar, a gente tem que ficar parada esperando as reações. E é isso que eu faço, espero. Vou me aguentando, me moldando, e acima de tudo, esperando...

sábado, 17 de março de 2012

Muito sobre você.

Hoje eu quero escrever muito sobre você. Não que eu não tenha feito isso nos últimos dias, meses, mas é que hoje eu estou assumindo isso, você consegue entender a gravidade desse fato, querido? Estou assumindo o turbilhão de ideias que voam soltas na minha cabeça, estou assumindo as borboletas que dão piruetas dentro de mim. Estou assumindo você, assumindo você em mim. A partir de hoje entrego minha cara a tapa a quem quiser surrar em meus ouvidos todo aquele discurso auto-suficiente que eu fui capaz de verbalizar um dia, toda aquela frieza que eu deixei transparecer em cada célula do meu corpo. Hoje eu quero ser mais minha, quero ser tua. Hoje estou querendo ser reconhecida por todas as frases mal ditas, por todo o meu sentimento barato, por toda a minha melancolia fingida e por toda a minha literatura real. Hoje, só hoje eu quero escrever muito sobre você...

Indo... Indo voar sozinha.

Apatia. E é esse a palavra que define todo o meu estado emocional de hoje. Depois de tantos festejos, de tantas alegrias, em quem mais posso me segurar? A quem procurar? A única parte que dói é quando lembro-me da necessidade de abandonar o barco e voar sozinha. Isso, sozinha. Alguns me tarjarão louca, outros inconsequente ou até mesmo irracional. Mas, mais uma vez todos erraram. E é ai que fica o grande clã de toda uma história realmente vivida, ninguém sabe de nada na verdade. E eu, Sei? Não sei se sei, não sei se quero saber, não sei se devo. A partir de agora as coisas podem começar a não fazer muito sentido, mas acredite, a algum tempo já não fazem. Não devia ter ido brincar tão longe das minhas bonecas nem largado o violão atrás da cama. E ao contrário do que muitos pensando é esse o momento mais racional dos meus últimos tempos, o momento que estou largando o barco e indo, indo voar sozinha...

É?

Amar é a maré.
Acredite...
Vai e vem!

Inevitavelmente: patético.

Deve existir algo melhor que o amor. Talvez não seja constante e nem dê aquele friozinho na barriga, pode ser como um espirro, ele vem chegando, você sabe que vem chegando e chega, avassalador, intenso, mas logo vai embora. Nunca dou tempo de ser muito para esses novos amores, porque estrago antes. Cortar qualquer relação elevada, amada. O amor é patético, como tem que ser!

sexta-feira, 9 de março de 2012

Pedido de socorro.

Confesso que nunca entendi essa minha urgência de ser notada pela dor. Minha poesia escancara para quem quiser ver o quanto o sangue escorre e a alma padece aos poucos. Sempre precisei de alguem me dizendo que tudo ficará bem mesmo sabendo que não, não ficará. Não agora. Quero colo, quero apoio, quero ser vista por um outro ângulo, esqueçam a parte engraçada do meu ser, sempre achei que esse fosse meu ponto mais forte, mas não, não é. Tenho um lado muito frágil que quase ninguém conhece, que ninguém vê. As pessoas só se apoiam quando se sentem confortáveis, e acredite, isso acontece a todo momento. Chegou a hora de me apoiar também, preciso enconstar, parar o barco. Você me segura?

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Salve o amor, por favor!

Salve o bendito amor. Aquele romântico e pegajoso e aquele frio mas intenso. Salve o amor carnal, o maternal e o conjugal. O importante é salva-lo. Salve aquele amor que pode durar pra sempre ou só até semana que vem. Salve o amor que você conheceu ontem e já é o seu amor e salve também sua vida inteira amando a mesma pessoa. Salve o amor que a gente dá e pega de volta, o que a gente dá sem receber, e o que a gente recebe sem ao menos dar! Salve o amor que você espalha por ai, pra alguem, e pega em outro lugar bem longe com outra pessoa. O importante é salvar. Salvemos o amor-próprio, o amor das amigas que nos aguentam, nos levantam e saem. Salve o primeiro amor que machucou, perfurou, corroeu e ensinou. Salve o amor da mensagem de madruga e o amor que te esquece pra te dar saudade. Salve-se do amor e ame-se salvando da dor.

Aliança, céu e fé.

Não me interrompa, espere eu dizer tudo. Nós poderiamos ser incríveis juntos, a sua loucura, o meu controle. A minha loucura, o seu controle. Exatamente, perfeitamente, extraordináriamente na medida certa. Se é que havia medida pra nós dois. Tudo o que é verdadeiro volta e terei sempre aquele apego enorme que dá o friozinho na barriga por aquilo que vale a pena, mas meu desapego também existirá por aquilo que não quer valer!

Certamente enlouquecerei...

Não seja tão rude assim, sinceridade por favor. Quero suas verdades, acreditar e confiar. Pela primeira vez na minha vida estou morrendo de medo. Vem, me abraça forte e diz que estás comigo. Perdoe a urgência, mas apresse-se e espere, meu coração começou a se partir.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Ação ou aceitação?

Deixe de se martirizar e pensar que as coisas só acontecem com você. Pare de ver somente o lado ruim dessa história. Seu roteiro, em princípio, é muito parecido com muitos por aí. Cabe a você aceitar o óbvio ou se aventurar no que julgam improvavél. Vai lá, se liberte e deixe que as coisas aconteçam, menina.

(...)

De elo em elo vamos nos tornando tão próximos, tão dependentes. E agora sou nova, aceito os fatos sem pestanejar, na verdade, digo ser. Nunca soube dizer "não", e na maioria das vezes, nunca quis mesmo dizer não. Vou aceitando, moldando as coisas do jeito que elas teem que acontecer.

Tão nós.

Sempre me atirei a ser meio escritora. Meio artista, meio inteira dentro das minhas palavras. E veja só que engraçado, falar de você parece tão complicado que as palavras somem junto com aquela tristeza que eu fui capaz de sentir um dia. Um dia...! De laço em laço vamos ficando tão próximos, tão confidentes, tão nós. Você tem me ganhado aos poucos e com pouco, e aposto que nem percebeu. Deixa eu te cativar, deixa eu te cavar até não sobrar nenhum pedacinho que seja só teu. Seremos um, seremos únicos. Seremos tão nós, a sós.

E a felicidade?

Muitas vezes pensamos que basta ter dinheiro, beleza e fama para obtermos a felicidade, essa é uma idéia totalmente errada e que muitas vezes passa despercebida. Não quero ser hipócrita e dizer que nada citado acima trás alegria para uma pessoa, mas isso não é tudo. Alegria e felicidade são diferentes apesar de muitas pessoas a interligarem.
Digo que alegria é um sentimento momentâneo, que passa e acaba. É bom estar alegre, mas não dura a vida toda. Já a felicidade, a meu ver, é um estado de espírito, é plenitude, e dura a vida toda. Ou você é ou não é feliz, ao contrário da alegria, felicidade é um eterno sentimento, enquanto a alegria se dá por momentos felizes, pela satisfação momentânea. É a diferença entre o ser feliz e o estar feliz.
A maioria das pessoas vive uma eterna busca pela felicidade plena e procuram encontrar a total “satisfação” em bens materiais, e às vezes não percebem que para ser feliz é necessário primeiro estar bem consigo mesmo.
Creio profundamente que a felicidade é o equilíbrio, sem excessos, um “meio-termo” como já dizia Aristóteles. Bom humor zero é um total desperdício de vida: acredito que; junto com o dinheiro, sexo e amor, é a alegria que move o mundo para o lado positivo.
Felicidade gera felicidade, é contagiante e não faz mal a ninguém. Sorriso gera sorriso, basta ver alguém feliz que seu cérebro imediatamente se encarrega de estampar um belo sorriso em seu rosto.
Todas as pessoas buscam uma fórmula para construírem sua felicidade, a realização plena, o bem estar físico e mental. Só que nem todas alcançam por acreditarem, em seu íntimo, existir uma fórmula mágica, que fará as coisas acontecerem simplesmente, sem razão lógica. Ao invés de buscarem, esperam. Pois bem, a mais eficiente “fórmula da felicidade” não chegará a você através dos outros, jamais te será dada pronta, no máximo o caminho para encontra-la.
Ser feliz é o resultado lógico das ações. Felicidade constrói-se dia-a-dia, e requer manutenção. A verdadeira formula está dentro de cada um, e não por aí. Ser feliz é extremamente simples, basta lutar por isso.

Liberdade.

Alguns se libertam com a bebida. Outros com a comida. Para alguns basta uma música envolvente... A minha liberdade é tão engraçada que mesmo as vezes tão reprimida, se contenta com a escrita.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

(...)

"Não sou tão vaidoso como pensam:
Passei semanas e semanas vestindo a mesma roupa,
passei semanas e semanas vestindo saudade."

Silêncio, soluços, aspirinas.

Pode não parecer mas as palavras que não digo, essas que não saem da minha boca falam muito mais do que qualquer oração sujeito+verbo+predicado. Engraçado mas mesmo depois de passar o nosso diálogo diversas vezes na cabeça antes do olho no olho nada sai como o programado. Tudo é invadido, tudo se transforma, tudo perde a forma. Ou ganha. Me dou tão melhor com as letras, racionalizando tudo fico incrível. Pode apostar, você se apaixonaria se me lesse. Pode ser que eu seja muito melhor em falar sobre sentimentos, do que senti-los realmente. E está ai toda a minha crise existencial... Que alguem, em algum momento faça um esforço para captar tudo que não sai da minha boca.